Pessoas Importantes na Ciência
Roger Bacon
Roger Bacon (1214-1294) foi um filósofo, teólogo e cientista medieval inglês. Foi frade franciscano da Escola de Oxford. Dedicou-se ao estudo científico recebendo o apelido de “Doctor Mirabilis”.
Roger Bacon (1214-1294) nasceu em Ilchester, Somerset, Inglaterra, no ano de 1214. Descendente de família abastada ingressou na Universidade de Oxford, onde estudou as diversas ciências da época. Seguiu para Paris onde se tornou doutor em Teologia.
Em 1240, ingressou na Ordem dos Franciscanos que pertencia a Escola de Oxford, o que não impediu que publicasse em seu “Compendiu Studii Philosophiae”, onde fez graves ataques contra o clero, que o tornou indesejável junto aos religiosos da época. Foi perseguido em várias ocasiões devido às ideias pouco enquadradas no mundo escolástico.
Estudou latim, grego, hebraico e árabe, para ler os antigos textos na língua original. Provou que vários textos da Bíblia estavam adulterados e que muitas traduções de Aristóteles estavam erradas. “Se eu pudesse, queimaria todos os livros de Aristóteles, pois o estudo deles pode constituir perda de tempo, causar erro e aumentar a ignorância.”
A ciência medieval não era experimental, nem se utilizava da matemática, mas Roger Bacon foi uma das exceções à tradição medieval. Além de procurar aplicar o método matemático à ciência da natureza, fez diversas tentativas para torná-la experimental. Apesar de argumentar que “ver com seus próprios olhos” não era incompatível com a fé, não conseguiu demover os medievais da desconfiança gerada por qualquer tipo de experimentação.
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Galileu
Galileu Galilei foi um grande astrônomo, matemático, físico, engenheiro e filósofo italiano do final do século XVI e início do XVII. Durante sua juventude ele escreveu obras sobre Dante e Tasso. Ainda nesta fase, fez a descoberta da lei dos corpos e enunciou o princípio da Inércia. Foi um dos principais representantes do Renascimento Científico dos séculos XVI e XVII.
Galileu di Vincenzo Bonaiuti de' Galilei (nome completo) nasceu na cidade de Pisa (Itália) em 15 de fevereiro de 1564. Sua mãe se chamava Giulia Ammannati e seu pai, que era músico, Vincenzo Galilei.
Em 1580, incentivado pelo pai, foi estudar Medicina na Universidade de Pisa.
Um dos seus primeiros trabalhos acadêmicos foi um projeto sobre equilíbrio hidrostático que resultou em um livro, publicado em 1586.
No ano de 1588, foi trabalhar como instrutor na Accademia delle Arti del Disegno, em Florença.
Entre os anos de 1589 e 1592, trabalhou como professor de Matemática na Universidade de Pisa.
Entre 1592 e 1610, lecionou Mecânica, Astronomia e Geometria na Universidade de Pádua. Nesta instituição passou 18 anos desenvolvendo seu telescópio e fazendo observações importantes do cosmos. Seu tempo em Pádua foi um de seus períodos mais produtivos. Ele aprimorou o projeto do telescópio e o usou para fazer observações importantes, incluindo a descoberta das quatro maiores luas de Júpiter, agora conhecidas como luas galileanas.
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René Descartes
René Descartes (1596-1650) foi um filósofo e matemático francês.
Criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. Ele é autor da obra “O Discurso sobre o Método”, um tratado filosófico e matemático publicado na França em 1637.
Uma das mais famosas frases do seu Discurso é “Penso, logo existo”.
René Descartes nasceu em Haye, antiga província de Touraine (hoje Descartes), na França, no dia 31 de março de 1596.
Entre os anos de 1607 e 1615, estudou no colégio jesuíta Royal Henry – Le Grand, estabelecido no castelo de La Fleche, doado aos jesuítas pelo rei Henrique IV.
Estudou Direito na Universidade de Poitiers, concluindo o curso em 1616, mas nunca exerceu o Direito.
Decepcionado com o ensino, afirmou que a filosofia escolástica não conduz a nenhuma verdade indiscutível. Só a matemática demonstra aquilo que afirma.
Em 1618, iniciou os estudos da matemática com o cientista holandês Isaac Beeckman.
Com 22 anos começou a formular sua geometria analítica e seu método de raciocinar corretamente.
Rompeu com a filosofia de Aristóteles, adotada nas academias e, em 1619, propõe uma ciência unitária e universal, lançando as bases do método científico moderno.
Descartes alistou-se no exército do príncipe Maurício de Nassau. Entre 1629 e 1649 viveu na Holanda, servindo ao exército em várias viagens.
Realizou diversos trabalhos na área da filosofia, ciências e matemática. Relacionou a álgebra com a geometria, fato que fez surgir a geometria analítica e o sistema de coordenadas, conhecido hoje como Plano Cartesiano.
Em “O Tratado do Mundo”, uma obra de física, Descartes aborda a tese do heliocentrismo. Porém, em 1633 abandona o plano de publicá-la, devido à condenação de Galileu pela Inquisição.
Em 1649, foi para Estocolmo, Suécia, como professor a convite da rainha Cristina. No dia 11 de fevereiro de 1650, René Descartes falece, acometido por uma pneumonia.
Descartes propôs uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse totalmente fundamentada na verdade. Sua preocupação era com a clareza.
Lavoisier foi um químico francês, considerado um dos pais da Química moderna. Ele é o autor da frase:
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
Ele enunciou a “Lei da Conservação das Massas” (Lei de Lavoisier) e foi um dos pioneiros nos estudos de Química, Fisiologia, Economia, Finanças, Agricultura Científica, Administração Pública e Educação.
Lavoisier nasceu em Paris, França, no dia 26 de agosto de 1743. Era filho de rico negociante e proprietário de terras. Ficou órfão de mãe ainda muito pequeno, sendo criado por uma generosa e dedicada tia e por seu amoroso pai.
Formou-se em Direito, mas demonstrou grande interesse pelo estudo da ciência. No colégio, estudou química com o professor Bourdelian, importante químico teórico. Um encontro que teve com o grande naturalista Lineu também influiu na escolha da carreira científica.
Antoine Laurent Lavoisier aos 22 anos venceu um concurso para elaborar o plano de iluminação das ruas de Paris, com o qual recebeu medalha de ouro da Academia de Ciências da França.
Dois anos depois, tornou-se membro dessa Academia, como reconhecimento por seu trabalho de preparação de um estudo geológico da França e pela pesquisa química sobre a gipsita e o gesso de Paris.
Lavoisier tornou-se arrecadador chefe dos impostos da monarquia francesa, dedicando-se também ao seu trabalho científico.
Aos 28 anos casa-se com Marie Anne Paulze, que tinha metade de sua idade. Marie tornou-se secretária e assistente do marido. Aprendeu inglês e latim e traduziu os artigos originais de Priestley, Cavendish e outros cientistas ingleses da época. Bela e inteligente, fez da casa de Lavoisier um ponto de encontro para cientistas da França e de outros países.
Durante sua vida, dedicou-se também aos serviços públicos. Era representante do Terceiro Estado (o povo) no Parlamento Provincial de Orleans. Foi nomeado presidente do Banco da França.
Apresentou um relatório à Assembleia Nacional que é reconhecida obra prima a respeito da inflação financeira. Sugeriu um sistema de educação nacional para a França, semelhante ao de hoje. Em 1971, a República Francesa reprimiu seu trabalho sobre a “Riqueza Territorial da França”.
Lavoisier foi condenado à prisão durante a época de terror que se seguiu à Revolução Francesa, por ter rejeitado um tratado químico submetido por Marat à Academia Francesa de Ciências.
Marat denunciou o cientista e todos os membros da organização arrecadadora de impostos, como ladrões. Todas as petições para libertar Lavoisier, por ser um grande cientista, não deram certo.
Enquanto esteve preso, completou sua grande obra “Memorias de Química”, que Marie cuidou de publicá-lo.
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